O Instituto Cultural do Governo da R.A.E. de Macau (IC) e o Centro de Estudos de Macau da Universidade de Macau organizaram o “Simpósio sobre o Atlas da China de Michele Ruggieri”, o qual teve lugar no dia 28 de Fevereiro, Quinta-feira, às 9.30 horas, no Auditório do Museu de Macau. Na cerimónia de inauguração estiveram presentes o Vice-Presidente do Instituto Cultural, Dr. Yao Jingming; o Director, substituto, do Centro de Estudos de Macau da Universidade de Macau, Prof. Hao Yufan; e o Director do Instituto Ricci de Macau, Fr. Artur Wardega.
Os temas de discussão incluíram o Atlas da China e o intercâmbio cultural entre a Europa e a China, impulsionado por Michele Ruggieri, entre outros. Este simpósio pretendeu examinar em detalhe o valor académico do Atlas de Ruggieri e explorar a fundo materiais históricos relacionados com as primeiras fases do trabalho missionário, de modo a promover a interacção e o intercâmbio entre investigações académicas na China e no estrangeiro.
Ruggieri foi um dos primeiros jesuítas a penetrar em território chinês e o primeiro sinólogo europeu, tendo compilado o primeiro Atlas da China publicado na Europa. Este Atlas, depositado no Archivio di Stato di Roma, em Itália, foi descoberto em 1987 e os seus mapas foram os primeiros a apresentar o relevo geográfico da China e das suas divisões administrativas ao ocidente, constituindo um importante documento da história da Igreja Católica na China bem como da história do intercâmbio cultural sino-europeu.
O IC inaugurou em Novembro do ano passado a exposição “Viagem aos Confins do Mundo: Michele Ruggieri e os Jesuítas na China” e espera que este simpósio permita a ainda mais académicos e cidadãos compreenderem mais a fundo o importante valor histórico do Atlas da China de Ruggieri no intercâmbio cultural sino-europeu. Doze académicos de renome do estrangeiro e da região do Delta foram convidados para participar e apresentar os seus trabalhos académicos, os quais incluem o Prof. Doutor Roderich Ptak do Instituto de Sinologia da Universidade Ludwig-Maximilians de Munique, Alemanha; o Prof. Jin Guoping do Centro Nacional de Investigação de Sinologia Ultramarina da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim; o investigador Wang Qianjin do Instituto de História das Ciências Naturais da Academia Chinesa de Ciências, Pequim; o investigador Chen Zonlin da Academia Sinica de Taipé; os Prof. Doutores António de Saldanha e Tang Kaijian do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Macau, entre outros.